terça-feira, 3 de setembro de 2013

03/09/2013 15h30 - Atualizado em 03/09/2013 16h43

Manifestantes invadem plenário da CCJ da Câmara

Grupo de sindicalistas fez protesto contra projeto de terceirização.
Presidente da comissão decidiu suspender sessão por falta de segurança.

Fabiano CostaDo G1, em Brasília
17 comentários
Na tentativa de se impedir o acesso dos sindicalistas da CUT a Câmara, um conflito chegou a ocorrer, e policiais tiveram de utilizar spray de pimenta para conter os manifestantes. (Foto: Valter Campanato/ABr)Tentativa de se impedir o acesso de sindicalistas da CUT à Câmara resultou em conflito com policiais (Foto: Valter Campanato/ABr)
A invasão de um grupo de manifestantes levou o presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, deputado Décio Lima (PT-SC), a suspender nesta terça-feira (3) as atividades da comissão por falta de segurança.
Os manifestantes são sindicalistas da Central Única dos Trabalhadores (CUT) que protestavam contra a possível votação do projeto que permite às empresas terceirizar funcionários.
Os manifestantes que invadiram o plenário da comissão faziam parte de um grupo de 40 sindicalistas que tinham sido autorizados pela polícia legislativa a ingressar no prédio da Câmara. Outras dezenas de sindicalistas foram barradas do lado de fora do prédio da Câmara pelos seguranças.
Na tentativa de se impedir o acesso dos sindicalistas, um conflito chegou a ocorrer, e policiais tiveram de utilizar spray de pimenta para conter os manifestantes.
Segundo o diretor da Polícia Legislativa, Paulo Marques, o grupo que invadiu o colegiado estava do lado de fora do plenário aguardando autorização para acompanhar a sessão. No entanto, informou o diretor, eles decidiram forçar passagem frente aos seguranças, que não conseguiram conter os sindicalistas.
No momento da invasão, alguns parlamentares deixaram o recinto às pressas. Diante da confusão, Décio Lima decretou o fim da sessão.
“Visivelmente, as pessoas estavam no limite da passionalidade. Eu tinha de garantir a integridade física”, justificou o petista.
O presidente da CCJ afirmou que não pretende colocar o projeto da terceirização em pauta até que se construa um acordo com as centrais sindicais. Décio Lima, porém, ressaltou que se algum dos integrantes do colegiado apresentar um requerimento sugerindo a inclusão da proposta na pauta ele terá de submeter ao plenário.
“Por determinação deste presidente, não pautarei, a não ser que reúna condições de acordo com os trabalhadores. Mas existe a possibilidade de inclusão de requerimento extra pauta”, disse.
Para o presidente da CUT, Vagner Freitas, a invasão do plenário foi consequência da suposta violência utilizada pelos policiais para impedir a entrada dos sindicalistas no Legislativo. Freitas reclamou que, além do spray de pimenta, os policiais teriam utilizado cassetetes para reprimir a manifestação.
“A violência não ajuda. Aqui só tem trabalhador. Utilizar gás de pimenta e cassetete é lamentável. Quero registrar o protesto da CUT contra a truculência que gera truculência. Mas, para nós, foi uma vitória. A CCJ cancelou a votação. Queremos que seja arquivado. O projeto é nocivo para os trabalhadores”, ponderou.
O diretor da Polícia Legislativa nega que os policiais tenham usado cassetetes contra os manifestantes. Marques relatou que durante o tumulto um policial foi atingido por uma pedra e teve de ser socorrido pelo departamento médicos da Casa.

Um comentário:

  1. isso é um absurdo, uma vergonha!! a policia para os trabalhadores, dentro da casa do povo! eu reprovo!!

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