Processo contra blogueiro: deputado apresenta atestado falso | |||||||||||
Adalberto Cavalcanti, no centro da foto, de camisa xadrez e óculos escuros, flagrado em evento na manhã de hoje (25/3), em Serra Talhada O deputado estadual Adalberto Cavalcanti (PHS), que move um processo contra este blogueiro, não compareceu a audiência marcada para as 10 horas desta segunda-feira (25) no 1º Juizado Especial Cível de Petrolina. Ao conciliador, o advogado do parlamentar entregou um atestado médico. Mas a suposta doença, estranhamente, não impediu o deputado de viajar até Serra Talhada, hoje, para recepcionar a presidente Dilma Rousseff (PT), conforme constatou o repórter Adriano Roberto, da minha equipe, enviado para cobrir o evento. Adriano não apenas o localizou no evento como registrou imagens dele. Este blogueiro, ao contrário do deputado, compareceu à audiência com o seu advogado, cancelando a cobertura previamente agendada em Serra Talhada, onde foi substituído pelo repórter Adriano Roberto. Com isso, o deputado não só atrapalhou o meu compromisso profissional naquele município como me obrigou a realizar gastos desnecessários para me deslocar juntamente com o advogado Décio Petrônio. Fica constatado, também, que, com este gesto, o deputado não tem sequer respeito ao Poder Judiciário, que, assoberbado de audiências, foi obrigado a remarcar a audiência com base num atestado inidôneo. | |||||||||||
Escrito por Magno Martins, às 12h50 | |||||||||||
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| Dilma garante que vai realizar ações além da adutora | ||||||||||
A presidente Dilma Rousseff (PT) abriu seu discurso, em Serra Talhada, referindo-se ao governador Eduardo Campos (PSB) como “um grande parceiro, extremamente respeitado pelo presidente Lula (PT)”. Em seguida, a chefe do Executivo agradeceu a hospitalidade com a qual tem sido tratada e aproveitou para saudar o presidente da Amupe, José Patriota (PSB), a primeira-dama do município, Tatiana Duarte, e outras lideranças presentes. Ao citar o ex-governador Miguel Arraes e o ex-presidente Lula, Dilma falou no fim da exclusão do Nordeste e da importância de programas federais como Bolsa-Família e ProUni para só então entrar nas questões relativas à adutora . “Uma obra como essa [Adutora do Pajeú] não podia estar prevista [para terminar] daqui a dez anos. Só temos dificuldade com a seca porque o que estamos fazendo hoje deveria ter sido feito há um século”, discursou a presidente. Em seguida, Dilma alertou as lideranças políticas para a urgente necessidade de se por um ponto final no “clientelismo”. “Não só quebramos o clientelismo com essa obra, quebramos o clientelismo com o Bolsa-Família. Todo brasileiro tem direito ao Minha Casa Minha Vida. Ninguém pode usá-las politicamente. É um direito de cidadania”, disse. A presidente encerrou sua fala ao garantir que as obras da Adutora do Pajeú não se encerram no município de Serra Talhada e garantiu que a Transposição do São Francisco será agilizada para que seja possível se formar um “cinturão contra a seca”. Defendeu a operação carros-pipas do Exército - complementando o que fazem Estados e municípios - e garantiu mais cisternas e dinheiro – e prorrogação de prazos - para que o governo possa tocar projetos como ações de recuperação de rebanhos, o Garantia-Safra e o Bolsa-Estiagem. Com informações do Blog do Nill Junior. | |||||||||||
Escrito por Magno Martins, às 12h45 | |||||||||||
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| Eduardo adota tom sereno e se diz "companheiro" de Dilma | ||||||||||
O governador Eduardo Campos (PSB) abriu seu discurso, há pouco, em Serra Talhada, dirigindo-se à presidente Dilma Rousseff (PT) e lhe dizendo que o Estado “que a ajudou a ser presidente [...] lhe recebe com a mesma atenção de sempre” e fez comparações entre a sua trajetória política e a de Dilma. “Conhecemos o gosto do fel, da discriminação, da arrogância, dos que não perceberam importância do diálogo e da democracia". Em seguida, Eduardo procurou deixar os desencontros políticos de lado e ressaltou a importância de saber lidar com os problemas da população brasileira, colocando-a em primeiro lugar. “A luta do povo exige capacidade de dialogar e respeitar diferenças. Numa seca como essa, não podemos dividir pernambucanos ou brasileiros. Fui eleito, em 2006, pela força do povo sertanejo, unindo o Sertão para depois unir Pernambuco”, disse o governador. E acrescentou: “As diferenças e divergências devem existir no bom debate, debate sereno, bem posto, respeitoso. Não somos dados a afrontas, somos dados a lutas por causas e ideias. Temos consciência do trabalho e da sua missão”. Por fim, Eduardo fez referência a outros Estados quando falou da importância das ferrovias. “Não há disputa entre o trem daqui e o da Bahia. O povo de lá e o de Pernambuco é o mesmo. Dificuldades ainda são muitas na nossa cena e cotidiano. Precisamos buscar na nossa experiência e formação os pontos que nos unem para olhar para o futuro”. E concluiu: ”A senhora tem um governador e um companheiro, amigo de longas jornadas”. Com informações do Blog do Nill Junior. | |||||||||||
Escrito por Magno Martins, às 12h40 | |||||||||||
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| Presidente da Fetape entrega reivindicações à Dilma | ||||||||||
Em seu discurso, o presidente da Federação dos Trabalhadores da Agricultura no Estado de Pernambuco (Fetape), Doriel Barros, destacou falou sobre a importância do papel que a gestão do PT – governos Dilma e Lula – desempenhou no dia a dia da federação e defendeu o perdão da dívida dos trabalhadores, assunto que, de acordo com a assessoria do Palácio do Planalto, será abordado pela presidente Dilma.
“Estamos com muitos trabalhadores rurais que precisam aliviar o débito desses trabalhadores que perderam tudo com a seca”, disse Doriel, que, ao final de sua fala, convidou membros de grupos de defesa dos direitos dos trabalhadores rurais para entregar à presidente Dilma o documento “Diretrizes de convivência com o semiárido”.
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Escrito por Magno Martins, às 12h35 | |||||||||||
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| Bezerra Coelho: "Eduardo é o melhor governador do Brasil" | ||||||||||
O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, foi o membro da Esplanada que mais elogiou o governador Eduardo Campos (PSB) ao defender, nas entrelinhas, a unidade do grupo que forma a base aliada. “Temos que acreditar em quem ajudou a construir esse país desde 1989. Todos aqui têm legitimidade para debater e discutir [o necessário] para que o Brasil vá ainda mais longe”. Em seu discurso, Bezerra Coelho destacou investimentos da Compesa e disse estar testemunhando um dos mais importantes momentos do país. ”Abraçamos não só o desafio da adutora que vai levar água para Afogados [da Ingazeira]. Estamos querendo antecipar o andamento [das obras] com 150 homens mobilizados com máquinas e equipamentos. Se possível for, vamos trabalhar dois turnos”, disse o ministro, que encerrou sua fala ao dizer para a presidente Dilma que “Eduardo é o melhor governador que o Brasil tem”. | |||||||||||
Escrito por Magno Martins, às 12h15 | |||||||||||
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| Luciano Duque afaga Dilma e Eduardo | ||||||||||
O prefeito de Serra Talhada, Luciano Duque (PT), foi a primeira liderança política a falar no evento organizado pela Presidência da República no município e iniciou seu discurso dando as boas vindas à presidente Dilma Rousseff (PT). Em seguida, o petista fez um breve relato sobre os principais problemas enfrentados pela população sertaneja e parabenizou as iniciativas do Palácio do Planalto no enfrentamento da seca que assola a região. “Era isso que precisávamos. É disso que precisa este povo. Graças às ações do seu governo estamos sendo incluídos. Ficamos gratos. Vivemos novos tempos”, disse o prefeito. Duque aproveitou a ocasião para afagar o governador Eduardo Campos (PSB) ao agradecer o esforço conjunto entre os governos estadual e federal que levou ao município uma UPA Especialidades e uma Faculdade de Medicina. | |||||||||||
Escrito por Magno Martins, às 12h10 | |||||||||||
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| Miriam Belchior anuncia duplicação da BR-423 | ||||||||||
Adriano Roberto De Serra Talhada A Ministra de Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior, anunciou, há pouco, que a presidente Dilma Rousseff (PT) irá assinar a ordem de serviço para duplicação dos 80 quilômetros da BR-423, que vai de São Caetano até Garanhuns. O projeto foi doado pelo Estado de Pernambuco e a obra, orçada em R$ 450 milhões, será executada pelo Governo Federal. | |||||||||||
Escrito por Magno Martins, às 11h40 | |||||||||||
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| Dilma chega a Serra Talhada no mesmo carro que Eduardo | ||||||||||
Adriano Roberto De Serra Talhada A presidente Dilma Rousseff (PT) chegou ao município de Serra Talhada, no Sertão do Pajeú, acompanhada do governador Eduardo Campos (PSB) por volta das 11 horas. Os dois foram os únicos políticos a desembarcar do carro que trouxe parte da comitiva presidencial, o que transmite a ideia de que vieram conversando a sós durante o trajeto. | |||||||||||
Escrito por Magno Martins, às 11h15 | |||||||||||
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| Eduardo descarta agenda política em encontro com Dilma | ||||||||||
O governador Eduardo Campos (PSB) recepciona, neste momento, a presidente Dilma Rousseff (PT) no Aeroporto de Serra Talhada. Momentos antes, o gestor conversou com o blogueiro Nill Junior e falou sobre a visita de Dilma ao município e sobre a especulação da mídia a respeito da relação entre os dois. Governador, qual sua expectativa para esse encontro com a presidente Dilma? - É muito grande. Vamos tratar de temas como a necessidade de garantir esse prazo da Adutora do Pajeú. Conversei, na semana passada, com Dom Egídio Bisol quando tratamos do tema. A presidente deve anunciar também outras ações importantes como o Canal de Entremontes e por isso há grande expectativa sobre sua vinda. Apesar das recentes chuvas nos municípios do Sertão do Pajeú, as previsões não são das melhores, correto? - As chuvas alimentaram a esperança e foram importantes. Em cidades como Carnaíba, choveu cerca de 100milímetros. Mas temos que garantir e assegurar a manutenção do rebanho. Vamos falar pra ela o que o Estado está fazendo. Obras como adutoras, perfuração de poços para fazer essa travessia tão difícil. As chuvas estão partidas, mas ajudam um pouco. Temos que recompor o rebanho, buscar dos bancos acesso a crédito, dentre outras ações. A imprensa vai buscar explorar o viés político desse encontro. O senhor está preparado para essa abordagem? - Está tudo tranquilo. Será uma reunião de trabalho, importante pra Pernambuco, é isso que vamos tratar. Não é essa a agenda [política]. | |||||||||||
Escrito por Magno Martins, às 10h45 | |||||||||||
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| Dilma entrega ônibus escolar e retroescavadeiras | ||||||||||
Adriano Roberto De Serra Talhada Além da inauguração da primeira etapa da Adutora do Pajeú e das ordens de serviço de barragens, a presidente Dilma Rousseff (PT) vai entregar, para 34 municípios com população abaixo de 50 mil habitantes, 50 ônibus escolares e 22 retroescavadeiras. Crianças ganham R$ 20 para segurar cartazes São muitos os cartazes espalhados pela cidade exaltando a gestão da presidente Dilma, alguns políticos locais e o governador Eduardo Campos (PSB). O blog conversou com as crianças e delas ouviu que estão recebendo R$ 20 cada para ficar segurando os cartazes até que comitiva presidencial deixe o município de Serra Talhada. | |||||||||||
Escrito por Magno Martins, às 10h15 | |||||||||||
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| Serra Talhada: chegada de Dilma foi adiada para às 10h | ||||||||||
Adriano Roberto De Serra Talhada A chegada da presidente Dilma Rousseff (PT) ao Parque de Exposição de Serra Talhada está prevista para às 10 horas. A alteração, segundo a assessoria de comunicação do Palácio do Planalto, se deu pelo mau tempo, o que ocasionou a mudança de rota – Dilma pousaria na cidade cearense de Juazeiro do Norte, mas devido às mudanças climáticas, chegará em Paulo Afonso, na Bahia, e de lá segue de helicóptero para o município pernambucano. Em Serra Talhada, está prevista uma visita à estação de tratamento de água da Compesa, próximo do local do evento. Veja a sequência de discursos: 1. Prefeito Luciano Duque (PT) 2. Ministra de Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior 3. Ministro de Desenvolvimento Agrário, Afonso Bandeira Florence 4. Ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho 5. Presidente da Fetape, Doriel Barros 6. Governador Eduardo Campos (PSB) 7. Presidente Dilma Rousseff | |||||||||||
Escrito por Magno Martins, às 10h00 | |||||||||||
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| Em Serra, Dilma apresenta medidas de enfrentamento à seca | ||||||||||
Nas reuniões das últimas semanas no Palácio do Planalto, inclusive com a participação da presidente, ministros e políticos da região relataram a dificuldade de distribuição do estoque de milho comprado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a alimentação do rebanho nordestino, além da carência de água. Uma das possibilidades levantadas é de levar o milho em aviões da Força Aérea Brasileira para a região. Outra é de perfurar poços de grande profundidade para abastecer os carros-pipas. A avaliação feita pelo Planalto e parlamentares nordestinos é que a longa estiagem, com rebanhos de gado morrendo de sede e de fome, compromete o crescimento econômico da região, que vem registrando índices maiores do que o resto do país. A equipe da presidente teme que o prejuízo econômico afete também sua popularidade, por isso ela tem tido agenda tão constante em Estados nordestinos. Na visita a Pernambuco, Dilma estará ao lado do governador Eduardo Campos (PSB), seu eventual adversário nas eleições presidenciais de 2014. O governo também deverá anunciar medidas em relação a divida dos produtores rurais. Já foi anunciado o adiamento do vencimento da primeira parcela dos empréstimos para junho, mas a própria presidente, em entrevista para rádios de Alagoas, há 15 dias, admitiu a possibilidade de perdão da dívida dos agropecuaristas atingidos pela seca. A demora no repasse de dinheiro para os municípios é outra reclamação frequente, e o governo poderá mandar os recursos diretamente paras as prefeituras. Para isso, deverá ser criado um grupo de observação e acompanhamento da execução das medidas emergenciais de enfrentamento da seca no Nordeste. Desde abril do ano passado, o Governo Federal já liberou R$ 5,1 bilhões para ações emergenciais contra a seca. Fonte: O Globo. | |||||||||||
Escrito por Magno Martins, às 09h30 | |||||||||||
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| A charge do dia | ||||||||||
Escrito por Magno Martins, às 09h00 | |||||||||||
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| Alceu desabafa ao blog: “O apoio a Joaquim me enfartou” | ||||||||||
Vinte e três anos após assumir pela primeira e única vez apoio a um candidato, o cantor Alceu Valença, 66 anos, que se recusa a falar de política em entrevistas, rompe o silêncio. Numa longa conversa com este blogueiro, ontem, num hotel em Afogados da Ingazeira, Alceu revelou um segredo de estado: sofreu um infarto com as pressões de fãs e admiradores pelo engajamento na campanha do então candidato a governador de Pernambuco, Joaquim Francisco, em 1990. ”Você não sabe e Pernambuco também, mas tive um infarto por causa disso e nunca mais quis saber de política. Picharam minha casa, me vaiaram em shows, ligavam para minha casa me chamando de traidor. Chegaram a fazer uma fogueira dos meus discos na Sé, em Olinda. Mas quando me vaiavam, eu dizia: “Perdoa a eles, Deus, porque eles não sabem o que fazem”, desabafou. Depois disso, Alceu nunca mais falou de política. Mas provocado pelo repórter, o cantor fez elogios a Eduardo Campos (PSB), a quem considera “o maior governador de todos os tempos em Pernambuco” e está apostando no seu projeto presidencial, embora se considere um fã de carteirinha de Lula e Dilma. Alceu está acabando um filme sobre seu passado e presente e pretende, em 2014, morar na Europa, porque, segundo, ele existe uma grande demanda por seus shows no Velho Continente. Por que o senhor não costuma falar sobre política? Raramente se vê uma entrevista sua abordando os temas nacionais e até locais? Talvez seja por causa do trauma da eleição de 1990, quando não entenderam a minha posição. Depois da queda do Muro de Berlim, das revoluções que vinham acontecendo no mundo, eu sabia que essas revoluções ainda não haviam acontecido em Pernambuco. Pensei que as cabeças estavam abertas para o que vinha acontecendo no resto do mundo com o fim da radicalização. Mas me enganei profundamente. Não entenderam a minha posição, o meu gesto de confiança nesse fim da radicalização ao apostar na candidatura de Joaquim Francisco. Eu cheguei a dizer não quero me meter em política, não quero me ver em guerrilha de esquerda contra uma direita tão truculenta. Não iria me meter, não queria nada daquilo. E por que se meteu? Porque me massacraram por uma simples declaração. Picharam os muros da minha casa, em Olinda. Ligaram lá para casa dizendo que eu estava traindo a esquerda, traindo partidos. Foi uma pressão nunca vista em toda minha vida. Chegaram a fazer uma fogueira com os meus discos quando eu sequer havia me manifestado pela candidatura. Isso foi o estopim. Então eu liguei para Joaquim e disse que queria, de fato, dar uma declaração de apoio e me engajar, mas sem ganhar um tostão. De onde vinha a sua relação com Joaquim? Eu admirava todos os políticos daquela época, como o Jarbas, que enfrentou Joaquim e perdeu. Jarbas foi meu colega de farra, no bar Mustang, na Conde da Boa Vista. Joaquim foi amigo de infância, colega de ginásio. Estudamos juntos. Aprendemos a pensar e filosofar com uma grande professora, nossa mestra, a grande Bernadete Pedrosa. Quem me ensinou a pensar foi a Bernadete, n o curso Torres. Papai me dizia que nunca seguiu a maioria porque a maioria havia decidido. Esse negócio de fechar questão não era com ele, que fazia uma política diferente. O que mais o deixou magoado no episódio Joaquim Francisco? Foi a falta de compreensão das pessoas, que não quiseram me ouvir, que não deixavam falar, dar explicações. Era pau no meu lombo e pronto! A palavra de ordem era “Alceu traidor”. Mas eu perdoei a todos. Quando davam vaias em mim, eu dizia como Cristo, porque eu sou Cristão: “Perdoou todos eles, esses que me vaiam não sabem o que fazem.” Você não sabe e Pernambuco também, mas tive um infarto por causa disso e nunca mais quis saber de política. Quem muito sofreu comigo também foi minha irmã Detinha, coitada. Não suportou também tanta agonia. Como se explica essa agonia? Era uma agonia estranha, a agonia de ver as pessoas sem pensar, cabeça fechada, radicalismos. O radicalismo é a pior praga que existe. Sabe qual é, hoje, o pior radicalismo? É o radicalismo de quem não pensa, a ideologia do consumo. Eu nasci para ser assim, contra todo e qualquer radicalismo. A nova ideia do Papa Francisco é tirar o consumo da cabeça das pessoas. Certa vez estava vendo um programa de televisão com vários jornalistas condenando o consumo e aparece um comercial vendendo um carro possante da Citroen. De que adiantou tanta falação se o programa estava sendo patrocinado pelo consumo? O senhor já foi jornalista. Se hoje estivesse exercendo a profissão, sua teses iriam gerar polêmicas? Sim, porque eu penso, em filosofo, eu detesto a burrice, a mesmice. Quando atuei no Jornalismo, eu dizia o que pensava. O Noblat [Ricardo Noblat] me substituiu no Jornal do Brasil. Você sabia disso? Pois é: o Brasil perdeu um jornalista maluco com a inteligência de um rebelde. Troquei o jornalismo e a advocacia pela música. Meu pai me queria advogado, fui fazer música. E o senhor contrariou o pai? Sim, tanto que quando decidi pela música ele não me deu dinheiro. Fui para o Rio de Janeiro sem dinheiro da mesada. Comia todos os dias no restaurante Ovo do Dia, em Ipanema. Era um restaurante bem popular. Meu irmão Dercinho alugou um apartamento e me ajudou muito. Devo muito a ele. O Dercinho, para mim, foi a Lei Rouanet, sem ter que pagar impostos. [Gargalhadas]. Sou muito cristão, admiro Cristo, não sou religioso. Carlos Fernando e Paulo Rafael também moraram comigo. Eu me insurgi contra a indústria do disco. Não mandam em mim! Eu sou assim e acabou. Fui para Europa, morei num apartamento tão pequeno que para fazer sexo com a namorada, o Paulinho, com quem eu morava, tinha que ficar no corredor. Se alguém abrisse a porta, dava de cara com a gente fazendo sexo. Percebi aqui que o senhor não gosta do assédio dos fãs que querem tirar fotos? Não é que não gosto. Esse negócio de foto com famosos só serve para eles botarem no Facebook e alimentar a indústria Kodak. Eu trato meus fãs diferentes, com carinho, abraços. Era bom que todas as fotos com gente famosa as pessoas pagassem uma taxa para uma instituição de caridade ou para educar as crianças. No tratamento com os meus fãs, eu sou como o pastor, que passa a mão na cabeça dos fiéis ou como um Papa. Dou a minha benção papal aos meus fãs. Mas fotografias, não! Pelo amor de Deus! Voltando à política, como o senhor avalia o Governo Dilma? Muito bom, mas estamos vivendo uma política confusa. No Brasil, o que falta é, na verdade, financiamento de campanhas públicas. O sistema hoje é perverso: quem dá, no caso o empresário privado, quer tirar mais na frente. O Brasil precisa de uma forma melhor de financiar campanhas, de programas na tevê que dê espaços a todos. O que assistimos, hoje, é que o modelo que está aí leva políticos honestos a serem confundidos com políticos desonestos. Quanto à Dilma, acho que ela continua fazendo a redistribuição de renda iniciada por Lula, que fez uma revolução neste País. Eu gosto de Lula, mas já votei em Fernando Henrique Cardoso, Brizola e até no Ciro. Brizola não seria um bom presidente porque não foi bom governador do Rio. Ele tinha uma alma grande, mas em seu governo houve uma exaltação à bandidagem. Minha maior raiva de FHC é que perdi dois apartamentos no Rio por causa daquele caso da Encol. Sou uma das vítimas da Encol. Plano Real, feito pelo pessoal da PUC, só beneficiou São Paulo. O Nordeste e o Norte, menos. Por que uma defesa tão grande de Lula quando houve tanta corrupção no governo dele? Lula entrou na hora certa, fez uma gestão boa e o mais importante: fez redistribuição de renda. O Brasil mudou no governo de Lula. Dilma é preparada, de boa intenção, execrada pela mídia por ter sido guerrilheira, mas faz um bom governo. E a economia mundial está em frangalhos na Europa, mas aqui no Brasil, a gente pode assistir Paul MacCartney no Sertão do Piauí. O Brasil mudou ou não? A indústria cresceu, existem mais moradias, as cidades estão melhores para se viver no interior. Mas não é o Bolsa-Família que dá popularidade ao governo? É a maior redistribuição de renda do País. Foi bom para o Brasil. E os ricos no governo de Lula e Dilma também têm a sua bolsa-família no momento em que pegam financiamentos com juros subsidiados do BNDES. Isso é ou não e bolsa família do rico? Como o senhor avalia a candidatura do governador Eduardo a presidente? Eduardo Campos é o maior governador que Pernambuco já teve e isso é incontestável. E contou com a ajuda de Lula e Dilma para isso. É um político hábil, carismático e trabalhador. Começou com 3% nas pesquisas e se elegeu. Vi que já está com 6% para presidente. Ele é um fato novo na política brasileira! A política é um jogo de xadrez. Quem imaginava um dia Lula com Maluf? E Jarbas fazendo as pazes com Eduardo? Dependendo das alianças, dos entendimentos, Eduardo pode se transformar num candidato competitivo. Todo partido quer o poder. Por que Eduardo tem que pensar diferente? Por que muita gente imagina o senhor como um louco? Sou independente, um pensador. Se já pensam que sou louco, imagine o que vão pensar agora depois desta entrevista, desta oportunidade que dei a você. Vão achar que sou mais louco ainda! [Gargalhadas]. Loucura, lucidez e liberdade, estas são as palavras de ordem! Se Jacques Danton fosse vivo, iria aprovar. O Nordeste mudou? E muito! O Nordeste precisa de lideranças nacionais. Lula tem a virtude de ter aberto o caminho para o Norte e feito a nordestinação do Brasil, país cujos contrastes são inacreditáveis. Conheço o Brasil mais do que a maioria, por terra e ar. Tabira, cidade que cantei ontem aqui no Pajeú, tem um povo lindo, inteligente. Afogados da Ingazeira, onde me hospedei, tem um hotel fantástico, que não faz vergonha a ninguém. Antes os hotéis eram de fazer vergonha, estradas cruéis de fazer vergonha. Eu tinha 14 anos quando fui para o Sul e vi estrada de quatro pistas. De São Bento do Una até Vitória a estrada era de barro. Quando meu tio chegava em Vitória, os olhos eram uma pasta grasnada de pó. Já fui de Jipe para Recife. Quando eu chegava em Vitória, a bunda estava doendo de tantos solavancos e buracos. Hoje é tudo pavimentado, uma beleza! O senhor está indo morar na Europa? No ano que vem, com certeza. Quero estudar línguas, fazer uma reciclagem e atender a um grande número de compromissos para shows. Estados Unidos, jamais! Miami é uma cidade cafona, quase sempre usa o boné com uma propaganda. O gosto musical de Miami é brega. O Brasil gastando bilhões com os americanos, um consumo desenfreado, que faz mal. Faz mal ao Planeta. Americano tem um lado bom, o lado da tecnologia. Mas, por outro lado, há uma quantidade de gente dominada e burra que não sabe onde está. Na Europa o alimento não é o hambúrguer. Os Estados Unidos é um país obeso, que produz e mata gente mata mórbida. Vi um número assoberbante aqui no Brasil: nosso país gasta R$ 84 milhões da Previdência Social com doenças provocadas pelo excesso de gordura dos sanduíches americanos. Nota aos leitores: em virtude desta entrevista exclusiva com o cantor Alceu Valença, a coluna de hoje não será publicada. | |||||||||||
Escrito por Magno Martins, às 06h36 | |||||||||||
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| Dilma inaugura Adutora do Pajeú com um terço de vazão | ||||||||||
Adriano Roberto De Serra Talhada Nesta segunda-feira, pela manhã, a presidente Dilma Rousseff vem a Serra Talhada, no Sertão de Pernambuco, inaugurar a primeira etapa da adutora do Pajeú. A promessa do governo é de que a adutora vai captar água do rio São Francisco para atender aproximadamente 400 mil pessoas em 21 municípios de Pernambuco e oito da Paraíba. Fizemos a rota da adutora, desde a captação da água até as obras de extenção das outras etapas no sertão do Pajeú. A seca que atinge todo estado de Pernambuco fez com que as obras fossem aceleradas segundo Glauco Mendes, coordenador de infraestrutura do Departamento Nacional de Obras contra a Seca (Dnocs), órgão vinculado ao Ministério da Integração Nacional. Ele afirma que antecipou a conclusão das obras da primeira etapa para fevereiro deste ano em função do colapso da seca em Serra Talhada. ¨Com isso, estamos evitando aquele velho problema dos carros-pipa, com a população em torno de 100 mil habitantes sem abastecimento. Nós estamos conseguindo entregar 120 litros d'água por segundo, para facilitar a chegada de água em Serra', disse Mendes. O que os técnicos não disseram é que a vazão está muito aquem do que deveria ser, para o abastecimeto total nesta primeira etapa. Tivemos acesso ao local de captação da água para a adutora e algumas estações elevatórias no trajeto da água que já esta sendo bombeada para Serra Talhada. Os depoimentos são velados devido ao medo de represálias, mas pudemos constatar que das quatro bombas (três que normalmente deveriam estar jogando água e uma de reserva), só uma esta trabalhando. Dois motivos podem estar reduzindo a operacionalidade do projeto, o primeiro está ligado a problemas de rupturas que ocorreram na canalização, nos testes com força total, que não foram solucionados inteiramente. O segundo motivo é mais grave está a vista de quem consegue entrar no Distrito de Juazeiro Novo, em Floresta, que agora mudou o nome para Plataforma. Neste local dá para perceber que a captação é feita num dos braços da represa da Barragem de Itaparica e o local onde a bomba faz a captação deveria estar com pelo menos 9 metros de profundidade, mas por causa da seca está apenas com quatro metros e meio. Como podemos conferir na foto abaixo. Os próprios moradores acham que o local não pode fornecer um volume grande de água, sob o risco de secar no ponto de captação e paralizar totalmente a adutora. Ainda assim, na solenidade de inauguração, Dilma irá entregar junto com o ministro da Integração Nacional Fernando Bezerra Coelho e o governador Eduardo Campos os 118 km da primeira etapa da adutora, de um total de 598 km, para o abastecimento das cidades de Floresta, Serra Talhada, Calumbi, o distrito de Canaã na parte baixa de Triunfo, Flores, Carnaíba e Afogados da Ingazeira. Os 79 km restantes da primeira etapa devem ser concluídos até o segundo semestre de 2013. O valor das obras é de R$ 198 milhões, e o investimento total da construção da adutora é R$ 547 milhões. O vídeo que está abaixo foi feito da captação até as obras da segunda etapa. Não relatamos nenhum tipo de denúncia nele por causa de um acordo feito com as fontes, de que não as identificariamos e tão pouco relatariamos as deficiencias filmando dentro dos locais. Voce vai ver agora, como deveria ser a operação da Adutora do Pajeú: | |||||||||||
Escrito por Magno Martins, às 06h35 | |||||||||||
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| Dilma e Eduardo hoje em ST: fogueira de constrangimento | ||||||||||
Bem a propósito, segundo ainda a colunista,Eduardo cunhou uma frase com jeito de slogan eleitoral no tradicional cozido de Jarbas Vasconcelos no sábado: 'O novo não nasce sem dor'. | |||||||||||
Escrito por Magno Martins, às 05h54 | |||||||||||
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| Donos dos votos | ||||||||||
VALDO CRUZ * A pesquisa Datafolha mostra, porém, que os dois potenciais adversários da presidente Dilma correm o risco de se tornarem figurantes caso não encontrem um discurso que encante não só os donos do PIB mas também os donos dos votos. O tucano e o pessebista têm adotado, nesta fase de campanha antecipada, a estratégia de roubar apoio da petista no mundo empresarial. Entoam um discurso que agrada em cheio aos donos do PIB. Um conselheiro empresarial da presidente diz que os dois avançam nesta fronteira e podem ter sucesso na empreitada. Algo até previsível, dado que a imagem da presidente petista não é das melhores no empresariado, crítico ácido de suas ações intervencionistas. Só que esse grupo é o dono do dinheiro, mas deixou, há muito, de ter influência direta sobre os donos dos votos, que hoje dariam vitória no primeiro turno à presidente. O fato é que o discurso do 'pibinho', tão sensível aos ouvidos dos empresários, não diz muita coisa à maioria dos eleitores enquanto o desemprego estiver baixo e a inflação, sob controle. Basta notar o otimismo dos brasileiros com a economia apontado pelo Datafolha. Descobrir o tom para atrair esse eleitorado otimista com o governo Dilma é o maior desafio de Aécio e Eduardo Campos -que antes têm outros obstáculos pela frente. O pessebista terá de explicar a esses eleitores por que, de aliado, virou adversário de Dilma, a quem recebe hoje em seu Estado. Já o tucano precisa unir um dividido PSDB, o que tentará mais uma vez hoje em encontro do partido na capital paulista. Nestas horas, faz falta um dono do PSDB, como tem o PT, mas isso é outra história. (* Folha de S.Paulo) | |||||||||||
Escrito por Magno Martins, às 05h52 | |||||||||||
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| Serra agora quer ser candidato a vice-presidente | ||||||||||
José Serra (PSDB-SP) tem nova aspiração: ser candidato a vice-presidente da República em 2014. Apresenta como trunfo aos eventuais interessados (os candidatos de oposição à reeleição da presidente Dilma Rousseff) a abertura de espaço em São Paulo, maior eleitorado do país. Interlocutores do ex-governador já falam abertamente da ideia. Quem dá a informação é Mônica Bergamo, na sua coluna hoje, na Folha de S.Paulo.l Cá lembramos nós do blog que, quando vazou o encontro de Eduardo Campos com Serra, semana passada em São Paulo, surgiu imediatamente a noticia de que o governador teria convidado Serra para seu candidato a vice da chapa à Presidência da República. Desmentidos, como sempre, mas, tudo pode acontecer, inclusive nada. | |||||||||||
Escrito por Magno Martins, às 05h50 | |||||||||||
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| Serra Talhada: pacote de Dilma confronta o de Eduardo | ||||||||||
O anúncio, além do caráter administrativo, tem um componente eleitoral: é uma forma de neutralizar Eduardo Campos, que vê no Nordeste a chance de se torna competitivo para as eleições presidenciais de 2014 (Com informações do portal BR247) | |||||||||||
Escrito por Magno Martins, às 05h40 | |||||||||||
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| Delfim ataca 'gênios' dos juros altos | |||
— A empregada doméstica virou manicure ou foi trabalhar num call center. Agora, ela toma banho com sabonete Dove. A proposta desses ‘gênios’ é fazer com que ela volte a usar sabão de coco, aumentando os juros — afirma Delfim, para quem a saída para a economia é promover reformas estruturais que passem pelo aumento da educação do trabalhador. (Informações de O Globo)
Clique aí e leia na íntegra Delfim ataca ‘gênios’ dos juros altos
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Escrito por Magno Martins, às 05h30 |
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